quarta-feira, 26 de novembro de 2025

DUVIDO, NÓS DOIS, AGORA!

Um som... Teu sussurro! 

Um lugar... No meu ouvido! 

Um momento... Agora! 

Uma resposta... Duvido!!! 

Um desafio às minhas estruturas! 

Lençóis incandescentes, luxúria;

Meu corpo estremece à sua volúpia,

Navegamos ao extremo, em sua loucura...

Depois de náufragos, aguardamos o retorno,

 Somos trazidos lentamente, pelas ondas, talvez da imaginação;

Convidados à aportar no cais da realidade,

Quimeras sobrassem de nós, ao menos metade.

Simplórios destroços de nois dois...

Sinais de quem viveu o agora,

Sem permitir que nada viesse a esperar pra depois.


José Gomes 

São Francisco de Itabapoana, RJ-Brasil.

domingo, 23 de novembro de 2025

AQUÍ NO SERTÃO

Aqui no sertão, há laranjeiras... 

Às que cantam e as que ainda insistem em frutificar;

Enquanto uma lança o "hino da primavera", 

Outra, tem frutos verdes, apenas pro seu desdenhar. 


Talvez por tal, aqui não apareça, 

A borracha do tempo, até as lembranças fizeram apagar;

As chuvas e os ventos desbotaram os seus rastros,

Quase nada mais há aqui, que possa te lembrar.


Há, o poder da borracha do tempo!

Apaga lembranças, apaga tudo...

Apaga-me nesse momento! 

Assim também como um dia, há de apagar-te deste mundo.


José Gomes 

São Francisco de Itabapoana RJ-Brasil.

É TUDO O QUE EU PRECISO

De repente, um sorriso surgiu... 

Meio que do nada, apossou-se do meu ser;

Olhei ao horizonte, e nada!

Nada havia que eu pudesse reconhecer! 


Nada no horizonte! 

Nada em mim, além é claro, das lembranças que guardo... 

Lembranças de nós dois... 

As que jurei me esquecer, mas ainda às carrego como um fardo. 


Lembranças as quais não sei, 

Qual delas seria capaz de me arrancar um sorriso;

Não sei qual, mas sei que revive-las, 

Nesse momento é tudo o que mais preciso! 


Já não busco pra eternidade...

Não, não quero promessas de paraíso, 

Apenas reviver o já vivido, 

Ter de volta o meu sorriso, isso é tudo o que eu preciso! 


José Gomes 

São Francisco de Itabapoana RJ-Brasil. 

sábado, 22 de novembro de 2025

ENIGMA

Aos 14, descobriu que os outros ouviriam mais e melhor... 

Um pouco depois, percebeu que podia ver mais que muitos... 

Assim, foi passando os tempos e sempre novas, porém, nem sempre boas novas surgiam. 

Até que um dia lhe disseram:

-"Serás privado de muitas coisas que todos ouvem, porém, ouvirás e verás muitas coisas que nem todos sequer sentirão"! 

- "No início, vai doer"!

-"Não relute, não chore por sua dor, antes, faça brotar um sorriso no seu próximo e, com ele, também sorria"!

-"Se precisar, conte histórias, inda que seja pro vento, ninguém precisa saber do seu lamento"!

-"A dor será sempre sua, inda que também seja a de outro"!

-"Em troca, falarás à todos, porém, suas entrepalavras ou entrelinhas, poucos as entenderão"!

-"Sorria, a sua dor não é física, o seu sorriso sim"!

-"Não relute, tu és um ser único, outro não há, igual a ti"!

-"As suas feridas se curam, as cicatrizes, ainda que fiquem, mas, a alma retornará, limpa, pra mim"!

-"Você consegue"!?


José Gomes 

São Francisco de Itaba

poana RJ-Brasil.



A MULHER QUE EU AMO

Nas minhas noites de insônia, 

É por você que eu chamo! 

Se por descuido do destino, eu durmo, 

É com você que eu sonho! 


A tristeza se instalou em meu quarto, 

Solidão já é o meu sobrenome;

No meu quarto, só o teu cheiro, 

Onde estás, quando tu some? 


Tudo está sem sentido,

Minha vida agora é um deserto;

Minha alegria se foi,

Nada mais tem sentido sem você por perto! 


Se um sonho ainda é pouco,

Imagina viver na insônia a te desejar...

Pro meu maior tormento, vivo o maior pesadelo, 

Que é você nunca mais voltar.


Por isso, dormindo é contigo que sonho...

Nas noites de insônia, eu te chamo! 

Vivo um pesadelo sem ti,

A única mulher que eu amo! 


José Gomes 

São Francisco de Itabapoana RJ-Brasil.



quarta-feira, 12 de novembro de 2025

SETE X SETE, SERÁ O PREÇO ?!

Dizem que, espelhos quebrados, 

São de mal agouro e dá azar... 

Acho que, por toda minha vida, Morei em casa de vidro, e só as fiz se quebrar.


Agora, em meio aos estilhaços, 

Ao relento, desabrigado estou;

Tentando juntar os cacos,

Pequenos bocados do que me restou.


Sete vezes sete, sei lá! 

Talvez ainda um pouco mais...

São tantos estilhaços, que já nem sei...

Hoje vivo um tanto faz... 


Sete, à contar do primeiro, tudo bem!

À contar do último, já é um pesadelo medonho;

Mas, sete vezes sete...

Aí é melhor desistir de ser real e viver de sonho.


Porque os sonhos sim, são meus...

Assim como você;

Dorme, acorda, vive em mim,

Ninguém é capaz de lhe roubar do meu bem querer.


Onde não há espelhos,

São apenas as paredes paralelas à minha solidão;

Lá eu te embalo, te nino e acordo!

Estás sempre comigo, guardada entre as paredes do meu coração! 


José Gomes 

São Francisco de Itabapoana, RJ-Brasil.

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

QUANDO AS FOLHAS CAEM

Talvez seja apenas o vento... 

A aridez, dos dias insalubres,

Ou simplesmente o calor do momento! 


Mas quase ninguém vê a magia...

O ar rarefeito que circula,

Com efeito, fica a sala vazia.


Sem vida também parece o jardim estar...

As folhas caem!

O vento as leva e sem destino, também elas estão a vagar.


É outono, eu bem sei! 

Só as caducas insistem...

E se mostram estarem bem, como foras da lei! 


As folhas caem e sequer, as árvores insistem...

Mantém sua confiança,

E sequer elas pedem que fiquem.


Na certeza da primavera ela está! 

Na esperança da ramada,

Haverá flores eu sei, jamais faltará.


A alegria, como a Phoenix, ressurgirá!

Abelhas, pássaros de todas as cores...

Até ti, o beija-flor chegará! 


Feliz estarás com tanta beleza, que chegam e que saem...

Mas nada lhe fará esquecer, 

O momento em que todas as folhas caem.


José Gomes 

São Francisco de Itabapoana RJ-Brasil.

terça-feira, 4 de novembro de 2025

BRIGANDO COM O TEMPO

Tempo, tempo! 

Pôr quê me fazes assim? 

Pôr quê, que há tanto tempo te pergunto, 

E tu, te fazendo de sonso, ignora tudo de mim. 


Parece nem saber...

Da minha sina, do meu sofrer, 

Tempo, bendito tempo! 

Às vezes tu passa tão de pressa que mal dá tempo de viver.


Já são tantas perguntas...

Algumas, já nem quero mais saber,

Já tem outras que te imploro....

Preciso saber, como vai você? 


Tempo, bendito tempo, perverso! 

Só por esta vez, me responde...

Onde mora a minha felicidade? 

Só não me diga que é logo alí, onde o sol se esconde! 


Tempo, não disfarça! 

Eu bem sei que de pressa é que tu passa;

Mas em minha vida, já quase sem sentido,

Tu não poe nem tira, nem pago nem de graça! 


Por último, sem vergonha, ainda te peço...

Vai com calma tempo! 

Pois tudo que eu desejo, ainda vem...

Vem chegando ao sopro do vento.


Tempo, para, tempo! 

É tudo que eu preciso...

Dá um tempo, tempo! 

Só quero viver um pouco mais esse paraíso.


José Gomes 

São Francisco de Itabapoana RJ-Brasil.


DEVANEIOS

Desde sempre... Sentir teu cheiro em misto jardim; Imaginar o sabor dos teus lábios, Desejar-te toda, só pra mim. Sonhar acordado... Tentand...