sábado, 21 de dezembro de 2013

ETERNO AMOR

Eu ainda irei te amar,
Enquanto existir o por do sol,
À noite e suas estrelas,
O mar e o luar.
Por todo o meu existir,
Ao mover os olhos,
Erguer das mãos,
Enquanto eu respirar.
Além de sua existência,
Inda assim, irei te amar.
Porque o que vivemos foi real,
Intenso...
Em apenas uma noite,
A carga de uma memória,
Um marco de duas vidas,
Escrito apenas numa história.
Enquanto houver as noites,
As estrelas e o luar,
Existirá na imensidão deste mundo,
Um coração que para sempre irá te amar.

Gomes 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

UM DESEJO DE NATAL

Um desejo de natal
Mais que um desejo,
Um sonho!
Sonho de um natal eterno,
Onde se dispensa a luz artificial,
Substituindo-a pela luz das estrelas,
Lembranças de um momento verdadeiro,
Onde nascia um singelo menino,
Simplesmente do mundo o herdeiro.
Um natal sem fronteiras,
Cores, raças nem bandeiras,
Onde o mundo se encontrasse sem medo do escuro,
Sem mapas, divisões,
Quintais ou muros.
Um natal para nunca ser esquecido,
Marcado no encontro de todas as raças,
Sem partições social,
Natal de um único sentido.
Simbolizando apenas o dia em que fora pro mundo nascido,
Seu único herdeiro real,
Único a ser concebido livre do pecado capital.
Aquele que por todos sacrificaria sua vida,
Na emissão de uma única mensagem;
“Amai-vos uns aos outros assim como eu os tenho amado”,
Para que sejais aceito na morada daquele o qual fostes criado
À sua semelhante imagem.
Um feliz natal cheio de reflexões, paz e felicidades!!!

Gomes 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

SOU NEGRO...


Sou negro,
Forjado do bronze e do aço dos grilhões,
Negro das minas e das madeiras,
Da prata e do ouro,
Dos campos de gado,
Negro das fazendas cafeeiras.
Hoje negro liberto,
Sem jamais esquecer de quem a vida perdeu,
Ao acreditar na tao sonhada liberdade,
Por tal, padeceu do feitor a maldade,
Negro, que de sua história,
Hoje inda chora,
Lágrimas nos olhos agora...
Negro com orgulho, mas chora...

Gomes 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

DE VOLTA AO MEU CANTO

DE VOLTA AO MEU CANTO
Estou de volta ao meu recanto,
Canto onde só eu nunca hei de estar;
De dia cantam-me os pássaros,
Á noite lembro-me de teus olhos,
Ao ver o luar.
Quando amanhece
E o sol vem me ver,
As vezes confundo-me às luzes
E ainda pergunto-me se não é você.
Mas este é o meu recanto,
Canto onde nunca hei de estar só,
Mesmo quando a saudade tenta lançar pela boca,
O meu pobre coração,
A garganta dá um nó,
Que só se desfaz pra dizer não.
Vou estar no meu canto,
De costas pro vento,
Assim dissipo melhor meu pensar,
Solto-o em gritos,
Em gritos ecoa o meu lamento,
Solto-o em gritos,
Só pro vento à ti levar.

Gomes 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ALMA DE POETA

ALMA DE POETA

Há algo de um poeta em mim,
Sei que as vezes não posso negar;
Não posso negar que me sopras ao ouvido,
Cravando em meu coração,
Sonhos e desejos que nunca foram meus;
São romances e beijos,
Delírios insanos,
Sentimentos que seriam só seus.
O beijo que nunca dei,
O sonho que ainda não vivi,
Saudades do que nunca houve,
Desejos do amor que nunca senti.
A nostalgia que inflama, arde,
Fere e contagia.
O sangue que é derramado da alma,
Descendo-me às mãos,
Vertendo-me pelas unhas,
Rabiscando papéis,
Rascunhando uma poesia;
Tudo tao seu,
Nado do meu dia-a-dia.
Quando muito,
Descendo-me aos pés,
Marcando todo o chão em que piso;
Se de fato tiveres sido tu, um poeta,
De certo nunca viveu em teu paraíso.

Gomes 

domingo, 20 de outubro de 2013

SER POETA...

Ser poeta...
Nunca vi algo tao fácil assim;
Já sereis,
Desde que tu saibas
Transferir em versos
para um papel,
As marcas das lágrimas
Existentes no meu lenço de cetim.



Gomes 

sábado, 19 de outubro de 2013

IMPRUDÊNCIA

IMPRUDÊNCIA
 
DIZEM QUE HOUVE UMA VEZ,
UM SOLITÁRIO CAMPONÊS QUE EM SUAS NOITES ,
COMO UM CEGO VAGAVA SEM PERCEPÇÃO .
ATÉ QUE NUMA NOITE,SUA CEGUEIRA FOI ROMPIDA
 PELA LUZ DE UMA LINDA ESTRELA,
QUE AO SE DESLOCAR CHAMOU-LHE A ATENÇÃO 
COM O SEU LINDO FEIXE DE LUZ,
PAIRANDO SOBRE SEU TRISTE ROSTO,
QUE SEM PERCEBER,SORRIU.
DESDE ENTÃO,CATIVO,
O CAMPONÊS A BUSCAVA TODAS AS NOITES.
ASSIM SE FORAM BONS TEMPOS,
ATÉ QUE OBSERVOU DE SUA ESTRELA
A DESCONTINUIDADE EM SEU HORÁRIO,
 E BREVE VIU QUE ELA NÃO MAIS PODERIA SER VISTA,
POIS O SOL POIS-SE EM SEU HORÁRIO.
MUITO TRISTE,O CAMPONÊS TENTOU INUTILMENTE
VÊ-LA DURANTE O DIA,JUNTO AO SOL.
FORAM TANTAS AS TENTATIVAS 
QUE HOJE O POBRE CAMPONÊS
NAO CONSEGUE VER SEQUER 
O BRILHO DAS DEMAIS ESTRELAS
 QUE ENFEITAM O CÉU,
 POIS A LUZ DIRETA DO SOL,
PARA  SEMPRE O DEIXOU NA ESCURIDÃO.



J.P. GOMES

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

PUDERA


Pudera eu ser um pássaro,
Pra entoar o teu sussurro por melodia,
Quem sabe se eu fosse um pintor,
Usaria apenas as cores dos teus olhos,
Pra te colorir um céu de alegria.
Quisera eu ser um compositor,
Pois te faria a mais bela melodia,
Onde até os pássaros se calariam,
Enquanto no céu o sol adormecia.
Mas o que eu queria mesmo era ser um poeta,
E publicar o seu nome em pétalas de flor,
Onde o seu perfume formaria um lindo verso,
Só pra te falar do meu amor.

Gomes 

domingo, 6 de outubro de 2013

NATUREZA MORTA


Que não sejam esquecidas em ti,
As sombras que refrescaram os teus pés,
Quando o sol lhes escaldava,
Se me faltaram frutos...
Se não me enfeitei com lindas flores,
Mas tive ramos que sombreavam,
E lentamente refrescavam ao seu redor.
Sei que por vezes fui teu refúgio enquanto caminhavas,
Mas faltaram-me as sementes,
E só, fui vítima das torrentes,
Mas como se pouco fosse,
Outras tantas fortes correntes maquinadas pela natureza,
Fizeram-me levar.
Lembranças de mais de um século,
Desfeitas em poucos segundos.
O meu último suspiro,
E a ninguém mais inspiro,
Apenas lembranças agora,
Sem mais apelos,
É a natureza que chora,
Uma pequena sombra a menos,
Em mim uma grande lembrança a mais...
Um espaço a mais que surge,
Na clareira do mundo já quase sem albergue,
Que falta que faz...
Mas sem ti, ainda assim a vida segue,
E não se percebe,
A natureza se acaba,
E o tempo apenas urge.

Gomes 

domingo, 22 de setembro de 2013

DESEJOS DE MENINO

DESEJOS DE MENINO
 
Quando se dá o apagar das luzes,
As mãos calejadas repousam-se ao latejar dos calos,
E a transformação se dá em meio à escuridão d’um quarto qualquer;
São carícias; meigas delícias...
Agora é o corpo todo que lateja,
 Quando do encontro de seus desejos de menina,
Em um corpo de mulher.

Tu sabes quão grande é o meu desejo,
Desvendar tardios medos;
Passear perdido pelas curvas de teu corpo,
Intitular-me dono dos teus segredos.

E quando o sol avisa para as estrelas que dos astros sois um rei,
Sinto o latejar do seu corpo uma vez mais;
Deixo-te na banheira curtindo seu banho de sais,
Visto minhas mãos de calos e saio na lida uma vez mais.

Feliz por te ter,
Por fazer-te feliz,
Feliz por poder em seus braços voltar a ser menino;
Pelo meu lar ao anoitecer,
Feliz por poder guardar o meu casaco de peregrino,
Por encontrar em ti,
O meu desejo de menino.


Gomes 

A MAIS AGUERRIDA

Todos os dias, eu agradeço ao Criador, Por Tua bondade, paciência e dedicação; Fizestes primeiro, todas as coisas, Só por último fizestes...