Às vezes, queima como o fogo,
Noutras, apenas dói;
Às vezes, é só um silêncio...
Mas, em todas as vezes, é a saudade que corroe.
É frio congelante!
Calor escaldante...
Na verdade, é só saudade!
É a dor de quem trocou a cristal, por um falso diamante!
Agora é pé na estrada!
Acelera, faz rugir o motor, na pressão que entrega;
Já não sabendo quando a distância é boa ou ruim,
Mas bem sabe, maior que o valor do frete, é a dor que carrega.
A carga é pesada!
Baú cheio, carona vazio;
Saudade, saudade, dos tempos de outrora,
Agora, a cristal noutros braços e o chofer morrendo de frio.
Triste a sina...
Trocou pelo ouro dos tolos, sua carga de valor;
Agora vaga, batendo carroceria,
Catando em cada parada de posto, os sobejos do amor.
José Gomes
São Francisc
o de Itabapoana RJ-Brasil.
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