sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

SOBEJOS DO AMOR

Às vezes, queima como o fogo,

Noutras, apenas dói;

Às vezes, é só um silêncio... 

Mas, em todas as vezes, é a saudade que corroe. 


É frio congelante! 

Calor escaldante... 

Na verdade, é só saudade! 

É a dor de quem trocou a cristal, por um falso diamante! 


Agora é pé na estrada! 

Acelera, faz rugir o motor, na pressão que entrega;

Já não sabendo quando a distância é boa ou ruim,

Mas bem sabe, maior que o valor do frete, é a dor que carrega.


A carga é pesada! 

Baú cheio, carona vazio;

Saudade, saudade, dos tempos de outrora,

Agora, a cristal noutros braços e o chofer morrendo de frio.


Triste a sina... 

Trocou pelo ouro dos tolos, sua carga de valor;

Agora vaga, batendo carroceria, 

Catando em cada parada de posto, os sobejos do amor. 


José Gomes 

São Francisc

o de Itabapoana RJ-Brasil.


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