quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

PODE SER...




Pode ser que no final desta noite,
O dia amanheça,
Eu saia batendo a porta
E para sempre te esqueça.

Pode ser que ao final deste dia,
Enfim a noite aconteça,
Eu volte a sua porta,
E depois do amor,
Em teus braços adormeça.

Pode ser que essa noite não acabe,
Que o novo dia não venha,
Pode ser que a porta nem exista,
E que de te esquecer eu desista.

Pode ser que eu te chame de amor,
Que te carregue em meus braços,
Beije a tua boca,
Desmanche seus laços,
Apague sua dor.

Pode ser o que quiseres,
Pois o dia termina,
Chega à noite em seu manto feminino,
Se quiseres me chame,
Quero ser o seu homem menino.

Pode ser que me chame,
Que me queira por homem,
Estou aqui fora à porta,
Se me quiseres basta que grite o meu nome.

Pode ser que eu te espere...
Pode ser...

Gomes

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

MOMENTOS


Para cada vida há um momento,
Para cada momento existe a necessidade de um movimento,
Eu vivo a inércia da vida!
Sou a última batida de um coração em seu lamento.

A espera do som de uma voz,
Imagine um sopro...
Quem sabe o vento...
Algo que me sirva de alento,

Quem sabe assim,
No ultimo pulsar,
Inda que seja um breve vento,
Uma leve brisa a suavizar o meu lamento,

Que não tarde esse momento,
Que chegue antes do ultimo movimento.

Não tenho dúvidas,
Só voce pode trazer-me de volta!
Apenas voce é capaz de preencher a minha falta,

Devolvendo o meu alento,
Trazendo-me cor e movimento,
Só você pode ser a dona do meu momento.

Gomes

domingo, 20 de janeiro de 2013

O MEU JEITO DE AMAR


Quero o mirar dos teus olhos,
Sentir deles o desejo,
Embarcar nos seus delírios,
Embriagar-me com o teu beijo.

Quero abraçar o teu corpo,
Perder-me em seus cabelos,
Encontrar-me em teus braços,
Pois para sempre quero estar
Preso em teus laços.

Quero sentir o teu perfume,
Mergulhando em teu corpo,
Sussurrando aos teus ouvidos,
Sentindo o teu calor,
Delirando ao som dos teus gemidos.

E se esse não for o paraíso,
Não me importa,
Inda assim quero estar,
Isso é tudo que eu preciso,
Pois esse é o meu jeito de amar!

Gomes

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

"BELA", QUEM É ELA?


Que é ela?
Que vem e que passa,
Desliza como que numa passarela,

Sinto arrepios ao ver-te vindo rumo ao meu coração,
Caminhando suavemente,
Como posso dizer-te não?

Quem é ela?
Que chega e disfarça,
Pantera à espreita da caça,

Doces encantos são
Os teus olhos a me espreitar,
Imóvel, espero o teu bote como a um socorro,
Dilacera as minhas carnes com o teu olhar.

Suga-me como se fosse o seu néctar predileto,
Me oculta como seu intimo secreto,
Faz-me precioso,
Tal água no deserto.

Mas quem é ela?
Que desliza em meu corpo como numa passarela,
Quem é ela?
Quem é aquela que simplesmente a chamo de “Bela”?


Gomes

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

EM TEUS SONHOS...


Hoje quero estar contigo,
Na tua cama, ao lado,
Sem medo do perigo.

E se eu chegar primeiro,
Cansado da lida,
E o sono me fizer prisioneiro,

Chame-me,
Pois quero te dizer a que vim,
Antes, quero-te toda,
Todinha só pra mim!

E envolvido em teus braços,
Quero me perder do mundo;
Encontrar-me com o prazer,
Inda que fosse apenas um segundo.

Antes do amanhecer,
Retiro-me,
É hora de partir,
Mas não quero ir sem antes falar-te:

Por isso, apenas durma,
Que em teu sonho hei de continuar,
E enquanto dormes,
Posso te contar:

Não breve, mas sereno,
Entrei em teu sono a te zelar,
Voltarei todas as noites,
Só pra te amar!

Raiou o dia, a aurora despertou,
Erga os teus olhos,
Procura-me onde não mais estou.
Mas nunca existirá distância,
Pra quem sempre te amou.

 Gomes

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

NAU A DERIVA...


Nau a deriva, perigo em alto mar,
Nau a deriva, um corpo a flutuar,
De peito aberto e um coração inda a pulsar.

Em mar aberto,
Um rumo inserto,
Mirando o deserto.

Sentimento solto,
Buscando um porto
Em pleno mar morto.

A saudade fere,
O peito ainda sangra,
Tamanha é a dor,
As lembranças cegam,
Mas no leme firme estão as mãos do amor.

Os ventos mudam,
O mar se acalma,
O amor sente o clamor da alma.

Um desejo de regresso,
A saudade do sucesso,
Deixo o mundo do avesso,
Pra viver o sonho do inverso.

Agora apenas cicatrizes,
No peito que sangrou,
O coração que pulsava,
Agora disparou.

A bandeira que dobrava,
Agora tremulou,
Meu barco a deriva,
Agora aportou.

Dos pesadelos que vivia,
Felizmente acordou,
Vivendo agora doces sonhos,
Nos braços da mulher que sempre amou.

Gomes

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

DESEJOS...


Desejo... Seus lábios carnudos,
Seus braços, tua pele,
O teu corpo desnudo.

Desejo um abraço,
E de teus braços um amasso,

Desejo teu sorriso,
Dele, o paraíso...

Tua pele, jambo como o que?
Macia, mania de bem querer!

Desejo teus olhos,
Sempre a me devorar,
O teu corpo hilariante,
Louco desejo de se amar.

No cair da noite,
Na madrugada sem fim,
Impossível imaginar,
Seu corpo sem mim.

São os lençóis que não param,
Sobre uma cama que range,
Ruídos que não calam.
Um amor de tão grande.

E o sol de metido,
Numa fresta aparece,
Nossos corpos esvaídos,
De cansaço adormece.

E se me perguntas
Se ainda há desejo?
Digo-te que sim,
Dá-me mais beijo!!!



Gomes

domingo, 6 de janeiro de 2013

ONDE ESTÁ VOCÊ?


Ainda me lembro de quando você decidiu me visitar,
Forjou-se em felicidade e foi em minha porta tocar.
Quando bateu, logo corri em desespero,
Louco por lhe atender,
Escorreguei, bati a cabeça e desacordado,
Pensava que fosse perecer,
Voce ainda insistiu, voltou a bater,
Ainda uma vez mais e desistiu,
Desceu o único degrau e então partiu.
Um pouco mais tarde eu despertei,
E para a minha surpresa,
Ouvi de novo as batidas e logo atendi,
Pensando que fosse voce,
A porta de minha casa eu abri.
Era apenas a sua irmã e impiedosa inimiga,
Entrou sem mais delongas e se instalou em minha vida,
Ela é a saudade, que me enche de dor,
Ocupando o seu lugar e jamais permitindo eu encontra o meu amor.
E você, por onde andas?
Por que nunca mais voltou?
Permitindo que sua irmã se instalasse,
Sem sequer indagar;
E de você, o que restou?

Gomes

A MAIS AGUERRIDA

Todos os dias, eu agradeço ao Criador, Por Tua bondade, paciência e dedicação; Fizestes primeiro, todas as coisas, Só por último fizestes...