sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

LEMBRANÇAS À BEIRA MAR


Não sei por que me lembrei de você nesse momento,
Não sei se foi pelo som do mar,
Ou se pelo ruído do vento.
Apenas sei que as lembranças não param de chegar,
Agora sim, vi-me aqui nessa areia,
Com você a me amar.
O som do seu gemido,
O vento e o quebrar das ondas,
Insistiam em abafar.
Lembrei-me também de suas palavras depois do amor,
Onde voce me dizia que seria pra sempre...
Que estaria comigo onde quer que eu fosse,
Agora sei que na vida quase nada é para sempre,
Para sempre ficarão apenas as recordações,
As tuas em mim,
Que nada as apagará,
Lembro-me do seu gemido,
E guardo das suas unhas ainda algumas marcas comigo.
Mas tudo se foi como os desenhos que foram feitos por mim na praia agora,
Infelizmente vieram as ondas e os levou embora.
Deixando-me apenas com as lembranças,
Em especial de quando você me dizia o quanto me amava,
Que seria pra sempre...
E que nada, nunca mudaria o amor da gente.


Gomes

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

OLHOS DISTANTES


São olhos distantes,
Perdidos num canto da sala,
São pensamentos de uma senhora,
Vestida com suas roupas de menina,
De onde àquele perfume ainda exala.
Aquela vontade de ouvir o trim-trim,
Do seu telefone a lhe chamar,
De ouvir um breve, ”mor, vem se deitar”!
Mas nada acontece...
Talvez então no amanhã...
Talvez alguém se lembre...
E resolva o seu silencio quebrar.
Dos seus olhos,
Algumas lágrimas começam a rolar,
Esquecida no seu mundo,
Distante de tudo,
Só as lembranças dão conta do seu pesar.
O que fizeras tu ao mundo?
Pra tanto nele penar,
Sozinha no canto da sala,
Sem saber o que esperar.
O amanhã já virou ontem,
E ali ela ainda está,
Sem sequer notar que a noite já se foi,
E que de novo é hora de acordar.
São lembranças de um amor que se foi,
E da família que se dispersou,
Deixando-a perdida da vida,
Contigo apenas lembranças...
Lembranças da casa de vidro,
Que um dia edificou,
Mas que de repente ela se partiu,
E seu grande amor o vento levou.


Gomes

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

GRADES INVISÍVEIS


Sou livre, tenho asas e a porta está aberta,
O que me falta, o que me prende?
O que me faz aguardar a hora certa?
Um carinho pode ser a chave,
E o seu olhar, na certa é o que drena,
Todo o combustível de minha nave.
Tudo é tanto e às vezes tão pouco,
São grades invisíveis aos olhos,
De paredes circulares como as de uma gaiola,
Um pouco mais e fico louco...
Uma vida de degraus em zig-zague,
São dez pra cima e nove para baixo,
Cinco à direita e quatro à esquerda,
Tudo movido ao seu toque,
Parece uma cerca elétrica,
Se tocar, leva um choque.
Querida, onde estar o seu amor?
Diz-me, é assim que se ama?
Um amor apenas do quarto pra cama.
Onde está o resto da casa?
Por que a janela está fechada?
Onde fica a saída?
E lá em baixo, você já viu?
O que há debaixo da sacada?
Lá há vida, mas você não vê!
Ou talvez tenha medo do encontro,
Talvez prefira viver nessa casa de vidro,
Com medo do mundo...
Do mundo que me originou,
E que me expôs ao teu olhar profundo.
São olhos a me vigiar,
Braços a me abraçar,
Um corpo a me abrigar.
São portas abertas,
Numa casa de vidro,
No céu a flutuar,
E eu, pássaro livre,
Sem vontade de voar.


Gomes

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

SOMOS SOL E LUA


Queria ter você nesse momento,
Mas a distancia é traiçoeira,
Guardou-te onde o meu chamado
Não lhe chega ao sopro do vento.
Há um oceano a nos separar,
Mesmo se partíssemos hoje,
Nosso encontro muito iria demorar.
Não se sabe se de dia ou à noite,
Só sabemos que seria em alto mar.
Por isso olhe pro céu agora!
Veja o luar e as estrelas que o céu adorna,
Pois estou daqui também a olhar,
Quem sabe nossos olhos assim possam se tocar,
Como os nossos corpos,
Desejando se amar.
Verdadeiro e único,
Apenas amor,
Esculpido sob forma de muralha,
Resistindo a toda tempestade,
Suportando os solavancos da dor.
Mesmo com um oceano a nos separar,
Encontramo-nos à meia noite,
Sob o pino do luar.
Nossos corpos entrelaçados,
Onde tu, ò minha lua,
Resplandece os raios do meu amor por ti,
Refletindo o seu brilho a encantar os amantes,
Em seu desejo ardente,
E eu que seu sol sou,
Acordar-te-ei pela manhã,
Do seu mais lindo sonho,
Com seus lindos olhos e o seu brilho de diamantes.
Desejo ardente de um sonho incessante,
Separados por um oceano,
Unidos pelo luar,
Dois corpos em um só coração,
Unidos pelo desejo de se amar.


Gomes

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

JAMAIS QUERO DESSE SONHO ACORDAR


Quero desse sonho jamais acordar,
Onde você protagoniza um anjo,
Lindas são as suas asas na cor branca,
E exuberante a sua silhueta a passear,
Sondando-me, sempre a me proteger,
Guiando os meus passos,
E quando me julgando perdido,
Rebuscando-me sem tardar,
Quando cansado,
Em teus braços posso repousar.
Este sonho já dura...
Dura enquanto não me despertar.
Tenho medo de que um novo raiar,
Incomode-me, me fazendo acordar,
E ao abrir meus olhos,
Não te tenha ao meu lado,
E não saiba como a vida aproveitar.
Por isso, não desejo desse sonho acordar.
Pois temo no amanha,
Nunca mais te encontrar.

Gomes

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

LUZ DO MEU VIVER


Hei garota!
Garota olhe nos meus olhos,
Veja a lágrima que desce e me responda,
Abra-me o seu coração,
Diga-me se o que sentes é mesmo amor,
Ou então diga apenas pra você,
Mas se não sabes o que responder a si mesma,
Como poderei confiar em ti,
E porque ainda sentir tamanha dor?
Sei que já é tarde,
E não sou mais o dono dos meus sentimentos,
Mesmo que eu venha a desistir,
Só me restarão os lamentos.
Sei que é tarde...
E já não precisa me responder,
Só pesso que venha ser o meu remédio,
Seja-me a chama que ilumina a minha vida,
Venha clarear o meu viver.


Gomes

sábado, 15 de dezembro de 2012

NAO SE VÁ !


Deixe-me lhe dizer o quanto você é importante pra mim,
E saberás o quanto eu preciso de você;
Porque você é o meu oceano,
E eu sem você, apenas areias,
Um verdadeiro deserto,
Sou eu, sem te ter.
Sem o calor do seu corpo,
O meu hiberna em inércia,
Como se morto.
Mas se de longe fito o teu olhar,
Meu corpo ergue-se como um mastro,
Inda que seja só pra te ver passar.
Agora que sabes o quanto me eis importante,
Pode deixar-me se quiser,
Siga imponente seu horizonte.
Vá em frente, esqueça-se do que sinto,
O sentimento é meu;
Deixe-me aqui,
Só não esqueça que o coração que inda bate em meu peito,
Será eternamente seu!!!!


Gomes

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

QUASE MORRENDO DE AMOR


Mal, muito mal...
Pedindo socorro,
Dei entrada num hospital.
Doutor, por favor, ajude-me!
- O que está sentindo, filho?
Perguntou-me o doutor;
Não sei direito se é no coração,
No cérebro ou na alma,
Só sei que sinto uma ânsia e muita dor...
Ao examinar-me disse com clareza;
- Não é nada que comprometa algum órgão vital, com certeza!
Mas tem remédio, doutor?
Perguntei-lhe assustado,
- Tem sim, é bem simples e logo estará curado!
Indagou-me um pouco mais e logo me falou:
- O seu caso é específico e um antídoto será necessário!
Antídoto, doutor?
- Sim, no seu caso será necessário o “M”
Mas não me disseste que um simples remédio bastaria pra minha dor?
- Disse sim!
Mas você foi quem se esqueceu de me dizer que sua dor era de amor...


Gomes

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

SINTO A SUA FALTA...


O que fazer?
Diga-me pelo amor de Deus!
Diz­-me o que devo fazer com a sua falta,
Porque ela só me enche de dor,
Ao relembrar os carinhos seus.
Aquele beijo que ficou na vontade,
Também deu frutos,
E se chamam saudade...
Saudade de tudo,
Tudo o que a gente não realizou,
Saudade de nada,
Nada foi o que nos restou.
Quando souberes o que devo fazer,
Diz-me, diz-me o que te posso ser.
Serei sim, eu prometo!
Ser-te-ei- lhe como um escravo,
Inda que branco eu fosse,
Subtrair-lhe-ei da vida todo o amargo,
Dar-te-ei- lhe pra sua vida tudo o que lhe for doce.
Desviar-te-ei-lhe toda forma de dor,
E pro seu coração,
Apenas o meu mais puro amor.


Gomes

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A ÚLTIMA TEMPESTADE


Não queiras sentir o que passa ao coração de um pobre camponês
Que após tanto lavrar a sua terra,
Sentiu chegar a sua aridez.
Subtamente surgiram abrolhos,
Onde apenas boa semente se lançou;
E das plantas já adultas,
Cada um de seus ramos se secou.
Por fim, nada mais prosperou!
Então do mais alto monte,
O pobre camponês se precipitou,
Graças à intervenção dos anjos,
Em lugar de seus ombros,
Uma asa se formou.
Desfrutando de seu vôo fictício,
Contemplou lindas paisagens,
Até que avistou um lindo território fértil,
Onde pousou pro seu reinicio.
De seus bolsos retirou um bocado de sementes,
E sobre sua nova fértil terra as lançou;
Em breve sua colheita faria;
Sem jamais imaginar que de seu celeiro,
Num segundo alguém a pilharia,
E outras tantas que viriam,
Assim de novo o fariam.
Outra vez seu rumo mudaria,
Desta vez mais encorajado,
Ergueu em seu novo sitio um forte cercado.
Na primeira, feliz estava,
Colheu pro seu sustento,
E o seu sorriso espalhou-se ao vento.
Na segunda, veio a tempestade e a arrebatou,
Levando até o seu paiol,
Deixando-o quase ao relento.
Ele olhou a sua dispensa,
E dela retirou suas últimas sementes,
Lavrou a sua terra e a semeou,
Reconstruiu o seu paiol,
E de lá, apenas olhando a sua seara,
Ele vigia atento,
Noites e dias...
Aguardando a majestade;
Com lágrimas nos olhos,
Espera apenas a última tempestade.

Gomes

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O AMANTE DAS ROSAS



Caminhando por entre os jardins da vida,
Eu só pensava em dizer te o quanto a amo,
Tanto, que distraído,
Permiti que o espinho de uma roseira me ferisse,
Vi meu sangue quando desceu por entre os dedos
Até que parou sobre a palma de minha mao.
Quase entrei em fúria, mas controlei-me,
Controlei-me ao ver que acima dos espinhos,
Haviam dois lindos botões já expondo em evidência,
O seu vermelho exuberante,
E eu que das rosas sou amante,
Fui pego em absurdo fragrante,
Se seus espinhos não me mostrassem,
Passaria despercebido,
Como se orgulhoso fosse,
Com cara de metido,
Não vendo a representante do amor que sinto por ti,
Nascendo pro mundo,
Mas já que despertado eu fui,
Assim fiz questão de eternizar;
Marcando o meu sobrenome,
Em lugar do teu,
Em um ofício pra se carimbar.

GOMES


A MAIS AGUERRIDA

Todos os dias, eu agradeço ao Criador, Por Tua bondade, paciência e dedicação; Fizestes primeiro, todas as coisas, Só por último fizestes...