quarta-feira, 20 de novembro de 2013

SOU NEGRO...


Sou negro,
Forjado do bronze e do aço dos grilhões,
Negro das minas e das madeiras,
Da prata e do ouro,
Dos campos de gado,
Negro das fazendas cafeeiras.
Hoje negro liberto,
Sem jamais esquecer de quem a vida perdeu,
Ao acreditar na tao sonhada liberdade,
Por tal, padeceu do feitor a maldade,
Negro, que de sua história,
Hoje inda chora,
Lágrimas nos olhos agora...
Negro com orgulho, mas chora...

Gomes 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

DE VOLTA AO MEU CANTO

DE VOLTA AO MEU CANTO
Estou de volta ao meu recanto,
Canto onde só eu nunca hei de estar;
De dia cantam-me os pássaros,
Á noite lembro-me de teus olhos,
Ao ver o luar.
Quando amanhece
E o sol vem me ver,
As vezes confundo-me às luzes
E ainda pergunto-me se não é você.
Mas este é o meu recanto,
Canto onde nunca hei de estar só,
Mesmo quando a saudade tenta lançar pela boca,
O meu pobre coração,
A garganta dá um nó,
Que só se desfaz pra dizer não.
Vou estar no meu canto,
De costas pro vento,
Assim dissipo melhor meu pensar,
Solto-o em gritos,
Em gritos ecoa o meu lamento,
Solto-o em gritos,
Só pro vento à ti levar.

Gomes 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ALMA DE POETA

ALMA DE POETA

Há algo de um poeta em mim,
Sei que as vezes não posso negar;
Não posso negar que me sopras ao ouvido,
Cravando em meu coração,
Sonhos e desejos que nunca foram meus;
São romances e beijos,
Delírios insanos,
Sentimentos que seriam só seus.
O beijo que nunca dei,
O sonho que ainda não vivi,
Saudades do que nunca houve,
Desejos do amor que nunca senti.
A nostalgia que inflama, arde,
Fere e contagia.
O sangue que é derramado da alma,
Descendo-me às mãos,
Vertendo-me pelas unhas,
Rabiscando papéis,
Rascunhando uma poesia;
Tudo tao seu,
Nado do meu dia-a-dia.
Quando muito,
Descendo-me aos pés,
Marcando todo o chão em que piso;
Se de fato tiveres sido tu, um poeta,
De certo nunca viveu em teu paraíso.

Gomes 

A MAIS AGUERRIDA

Todos os dias, eu agradeço ao Criador, Por Tua bondade, paciência e dedicação; Fizestes primeiro, todas as coisas, Só por último fizestes...