sábado, 1 de dezembro de 2018

PROIBIDO



PROIBIDO

O proibido pra mim,
é acreditar que sou para ti,
tão proibido assim!

pra você, contra indicado fui
sem sequer tentar...
de sua vida fui banido,
por torpe, confundido,
condenado sem ter quem a mim julgar.

Para tais, sou profano,
em seu peito, causo dano,
julgam-me insano,
sem sequer ter o direito de me manifestar;
do que vale ser amor,
se o mundo não sabe amar?

José Gomes

São Francisco de Itabapoana /RJ

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

NAS SUAS CURVAS, MINHA PERDIÇÃO



Nas curvas das estradas que passei,
em cada acostamento que parei,
por cada estrada que cruzei.

nunca sequer encontrei,
A perdição das curvas do teu corpo,
o desejo que dispara o meu peito,
e faz_me voar nas pistas feito louco.
jamais esquecerei que um dia,
almejei ter asas,
corri feito louco,
tendo o peito em brasas.

Minha maior velocidade alcançada,
sempre foi pelo desejo do encontro de ti,
oh minha amada!

em suas curvas não se derrapa,
 gruda_se feito sola ao chão,
ao deparar_se com tuas curvas,
muitos perder_se_ao.

José Gomes

DEPOIS DOS 100, TODA LÁGRIMA COM O VENTO É CONFUNDIDO


Depois dos 100, ao subir da lente
ou baixar do vidro,
toda a lágrima é verdadeira,
e o choro é permitido.

Lembranças em reflexo,
tristeza sem nexo,
é, amor é sentimento complexo...

Nas estradas da vida,
corro pra esconder a ferida,
causadas pelo custo da lida.

De rosto seco agora,
as lágrimas se foram na hora,
os ventos dos 100, lovou_as embora.

A saudade aumenta agora...
preciso ir_me embora,
se me chamas, paro na hora.

Se me deixas, parto mundo à fora,
acelero ainda mais, se a saudade aflora,
se vierem as lágrimas, subo a lente,
ou baixo o vidro,
mas deixo que o vento as leve embora.

Mesmo que um deserto eu venha encontrar,
que de saudades eu morra exaurido,
não há quem me faça voltar...
depois dos 100, todo choro, com o vento é confundido.

José Gomes
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MISTO DE SAUDADES



Sentindo uma vez mais,
aquele gosto amargo de solidão;
É apenas o que a mim vem,
toda vez que descalço ponho os meus pés no chão.

Saudades da voz que brava ralhava:
- Volta aqui menino!
- Não vais te gripar!
- Acaso sois mendigo ou peregrino?
- Toma cuidado comigo, óh menino!
- Tu bem sabes que na volta, irás apanhar!

Mesmo assim eu saía correndo,
de nada adiantava,
inda que sabendo,
o que na volta por mim, aguardava.

Menino travesso,
inconsequente talvez,
noutro dia, de cama,
garganta inflamada outra vez.

Hoje, o mundo tem de mim,
o homem que a vida me fez,
consciente, choro baixinho,
em meio a tantos,
inda me sinto sozinho,
Em meu peito há um misto de saudades,
não quereria pra mim, nada,
que não me fizesse trilhar por esse caminho.

José Gomes


quarta-feira, 29 de agosto de 2018

AS CORRENTEZAS DA VIDA



Vitimado das muitas torrentes,
Corpo aprisionado por grandes correntes;
Inerte ao mundo,
Pobre ser, ainda assim vivente.
Lançado as grandes correntezas da vida;
Levado ao mar,
Onde apenas o sal pra sanar a sua ferida.
O mesmo sal que feriu as suas correntes e as quebrou;
E, um novo sopro de vida,
 Para si, aspirou.
E assim, graças as grandes correntezas,
À vida voltou.
Às areias nadou,
E sua vida recomeçou.
Distante de tudo,
Dentro do mundo,
Sem sequer saber onde está;
Feliz por vivo se encontrar,
Feliz por ter um alguém para amar.

GOMES

domingo, 8 de julho de 2018

O POETA É COMO ÁGUA



Muitas vezes, o poeta melancólico, também sorri,
Noutras, embora sorridente possa está;
Mas o seu coração,
Não pára de sangrar.
E, se o poeta fosse extremamente feliz
E se esquecesse de rimar?
Se extremamente triste fosse,
E esquecesse como é bom amar?
Por isso, o poeta é como a água,
Que se molda à temperatura do ambiente;
E, muitas vezes está feliz em meio as multidões,
Já noutras, só, está sufocado, em meio a tanta gente.
Se o poeta é como a água,
Às vezes se move lento;
Mas putrefaz-se,
Se abandonado ao relento.
É o liquido do café,
Das bebidas o solvente;
Nas montanhas, a geleira,
Mas do amor, é apenas a semente.

GOMES

sexta-feira, 25 de maio de 2018

MEU ETERNO BEM QUERER



Fostes tu, quem me ensinastes a navegar,
Onde tantas outras, sequer souberam
Avisar-me de que havia um mar.
E, foram as tuas ondas
Que me embalaram;
E em calmaria, dia após dia,
só me acalentaram.
Somente tu,
Soubestes como encaminhar o meu ser;
E, ao aportar em terra firme,
Fostes tu, o meu lar, meu céu, meu ar... meu eterno bem querer.

José Gomes

MARCAS NA PELE



Deixei desenhados em sua pele,
Marcas das unhas minhas,
Motivadas por teus beijos...
Rabiscos sem nexo,
Marcas para ficarem na saudade,
Desdenho de mil desejos,
Saudades que não se mata num só beijo.

José Gomes

EXISTO



Existo, eu sei!
Existo, eu sinto!
Existo, me sente o milharal,
Quando passo por entre as suas folhagens:
Existo para o mundo...
Pena que para ti, não!
Não existo, sequer de simples passagem.
Existo para o mundo,
Isto já me basta!
Para ti, jamais ousei,
Sequer pensei.
Existo para o mundo,
Tao real como por ti, é o meu amor;
Não te cobro sorrisos,
Mas também de ti,
Não suporto ver a dor.
Existo para o mundo, basta-me!
Inda que nunca me vejas como sou,
Que jamais te falte um amor,
Mesmo que ao meu encontro, todas as noites,
Só me venha a dor.
existo para o mundo, hoje eu sei!
Existo para o mundo ainda sinto!
Sentem-me as folhas,
Reagem a minha presença,
Eu existo para o mundo, agora sei que não minto.

José Gomes

domingo, 15 de abril de 2018

"MUNDO ANIMAL"


Enquanto acordava, 
entre um bocejo e outro,
decidi fazer uma agenda...
só pra não deixar pra trás,
tantas coisas importantes...
comecei pela oraçao, 
depois a padaria, a venda...

Fui agrupandos afazeres,
de repente, nunca me vi de mim mesmo assim tao distante...
Gastei ali, minutos, 
preciosos instantes.

Preparando para mim,
uma agenda mental.
levantei-me tao depressa,
acordei e tirei dos meus olhos toda a venda...
cai em meu mundo real.

A pressa dali por diante foi tanta,
que acabei esquecendo de fazer a agenda que ficou apenas mental,
deixei meu mundo de quimeras,
acabei de cair novamente neste mundo animal.

Gomes

O QUE ME DIZEM OS TEUS OLHOS

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Os teus olhos, tao lindos,
tao lindos assim, 
deveras eu querer que o que me dizes os teus olhos,
digam apenas para mim.

Bebi do vinho que de teus olhos me embriagam,
feliz estou enbriagado assim,
pudera eu ter deste teu vinho,
todos os dias,
felicidade eu teria enfim.

se o que me dizes é fielmente verdade,
disto eu ja nao sei,
embreagado de ti,
só sei que dos meus caminhos,
nunca mais errei.

mesmo que tonto,
busque-te, dando voltas em torno de mim,
jamais quero perder-te,
a menos que seja perder-me 
junto a ti, num mar de jasmim!


Gomes

sexta-feira, 30 de março de 2018

CARINHO...

CARINHO...
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Pode ser de longe, num olhar,
De perto, abraçar.
De muito distante, mensagear,
Pode ser na intimidade, beijar.
Carinho é bom demais,
Quem dera fosse agora,
Todo dia, toda hora!
O meu carinho vai para todos,
Inda que na simples imaginação,
Vai depressa,
Sem demora!

Gomes

MUNDO DA POESIA

Resultado de imagem para mundo da poesia

Um universo de versos que encantam
E que fazem os olhos sorrir.
Que conduzem por infinitas viagens,
Ou que inda por vezes te trazem de volta para mim.
Viver-te, nada menos é
 que mergulhar ao mais profundo oceano,
deixando passar sobre mim, toda a imensidão das grandes ondas
e somente depois de tudo, imergir sem sofrer nenhum dano.
Mas como em todo mundo,
Não há somente alegria,
Vão-se os sorrisos
E as lágrimas assumem lugar onde antes era apenas folia.
Lá se foi a alegria!
Enfim, o mundo da poesia traz sorrisos que nem sempre são verdadeiramente meus,
Importa-me que te arranque suspiros,
E que te façam luzir estes lindos olhos teus.
E de mim, o que seria sem a rima do riso dos teus olhos?
Temo que jamais existiria,
O meu mundo jamais seria mundo,
Se não houvesse a poesia.

José Gomes

sexta-feira, 2 de março de 2018

O TREM PARA O FUTURO



No trem para o futuro,
Sem bagagem, nem vem que não tem,
De mãos abanando não se embarca nesse trem.
Desdenhava eu ilusória partida,
Pus-me a espera na estação,
 A formosa locomotiva da vida.
Só que esta ao aproximar-se,
Foi passando sem ao menos apitar,
Parece que o maquinista nem me via.
Retornei dia seguinte,
Já muitas vezes isso se repetia.
Muito triste, cabisbaixo, resmungava,
Tao comovente que até atenção de um andarilho eu chamava,
Desceu dos trilhos, com seus pés descalços,
Amarelos da ferrugem que há muito se acumulava,
Veio ter comigo a indagar o que tanto me faltava.
Ao ouvir-me sorriu e disse-me o que nem de longe imaginava:
Este é o trem para o futuro!
Como espera nele embarcar?
Se em ti, não vejo chagas,
Marcas em sua pele não há!
Também não tens bagagem,
Para ti, esse trem jamais irá parar.
Sem bagagem,
Nem vem que não tem,
De mãos abanando não se embarca nesse trem!

Gomes

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

"PURO MEL"


As vezes sol, noutras, lua.
Por vezes mar, rio de outrora;
As vezes distante feito nuvem,
Ou a impiedosa tempestade de agora.

Você... dona dos perfumes,
Da luz que me embriaga;
Dos meus grandes vícios aos meus menores costumes.
O sol que me aquece,
A nuvem que em mim deságua.

O luar em que minh’ alma adormece.
Tens o poder de erguer-me em poucos milésimos de tempo,
Da terra ao céu;
De acalmar minha fúria,
Ao dar-me de beber deste teu vinho,
Mistura de inferno e céu,
No doce sabor do mais requintado e puro mel.


Gomes

A MAIS AGUERRIDA

Todos os dias, eu agradeço ao Criador, Por Tua bondade, paciência e dedicação; Fizestes primeiro, todas as coisas, Só por último fizestes...