FELIZ NATAL E BOAS FESTAS

 FELIZ NATAL E BOAS FESTAS!!!

♦

Mas se o dia não está feliz

e a festa não está boa?

Não te entristeçais;

Hoje comemoramos o aniversário daquele que por falta de melhor acolhida, 

nasceu em uma manjedoura, num estábulo, junto apenas dos seus pais e alguns animais.

♦

Mesmo assim, foi anunciado...

-- Nasceu um Rei!!!

Ainda lá, recebeu visitas, presentes e por muitos foi saudado.

♦

Em seu retorno, precisou que fugissem com ele ainda recém nascido;

Por outro caminho seguiram,

Pois ao Seu encalço, já vinha o perigo.

♦

É aniversário do Rei, que viera ao mundo para praticar o bem;

dispersar a dor e ensinar que o caminho ao Pai, 

é seguido somente com o amor que se tem.

♦

E, por quê o seu dia não está feliz?

Por quê a sua festa não está boa?

Lembre-se sempre do Rei que nasceu numa manjedoura cercado dos pais e alguns animais;

Ainda hoje Ele é Rei, por todos que o aceitam,

Numa Aliança que nunca se desfaz!

♦

José Gomes 25/12

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

ABRAÇA-ME

Quando você perceber que eu estou muito só,

Acompanha-me!

Se você me ver perdido,

Apanha-me!

Quando eu estiver triste,

Faça-me acreditar que te fiz sorrir,

Se me vires sorrindo,

Foi porque te vi aqui.

Quando eu estiver solto,

Enlace-me!

Quando eu tiver medo,

Abraça-me!

Abraça-me!!!

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/

 Brasil.

É TEMPO DE ESPERANÇA

É dezembro, Natal!

Os festejos tão esperado,

O ano chegou ao final!

É hora de refletir...

O que eu demais falei,

A quem deixei de ouvir?

É sim, hora de meditar!

Houveram os que bajulei,

Outros a quem esqueci de procurar.

Perdão, perdão, perdão, não me canso de pedir,

Sem o teu perdão não encontro o meu chão,

Não há como eu prosseguir.

Ainda bem que já é dezembro, a pouco do Natal; é mais um ano que se vai,

O meu coração se enche de júbilo,

É o nascimento do Filho, do Irmão que também é Pai.

É tempo de bonança,

Reflexão e mudança,

À todos, paz, amor e esperança.

Boas Festas

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

MENTIRA

Sabe aquele menininha de pernas curtas, chamada de mentira?

Você não imagina como ela cresceu!

Houve um tempo em que andava de salto alto,

Hoje, gigantesca, parece passear de pernas de pau,

Nunca vi alguém crescer assim tão depressa,

Andando sempre sozinha,

Pois até seu melhor amigo já te alertou；sai dessa!

Seu sucesso é passageiro,

Seus dias, pingados, estão contados,

Dá dó de ver...

Sua pose de bela,

Descendo ao ralo,

Seu destino é trágico,

Vivendo seus dias por detrás d'uma cela.

José Gomes

São Francisco de Itabapoana/RJ

A deusa do meu universo

porque vós sois deusa,

revestiu-se da prata lunar,

no ápice do seu poder sobre os seres

faz-me delirar,

na oferta de suas montanhas

para que eu, pequeno alpinista,

possa escalar.

Batalha vencida,

não acabou ainda a corrida,

traz-me o teu mar em furiosas ondas,

que, pra um leigo navegador,

melhor não se arriscar...

antes cavalga-la, que tentar navegar.

A lua cai e o sol apina,

inda sobram desejos de deusa-menina,

despiu-se da prata,

revestiu-se do ouro solar,

ainda há imensa vastidão avassaladora em seu olhar...

outros tantos montes à aplainar;

o tempo urge,

e vida não pode parar.

José Gomes

São Francisco de Itabapoana /RJ

INCÓGNITA

Quão grandiosas são as possibilidades,
Que impossível se torna o seu desvendar,
Tu és noite serena, enluarada,
Hora és tu, trovão em seu retumbar.

Pudera eu, descobrir os teus sonhos,
A estrada em que se faz o seu caminhar;
Em teu peito, encontrar abrigo,
Em sua vida, um lugar pra ficar.

Mas de repente tu vens e passa,
Mais parece tempestade, um furacão;
Atrai e repulsa, abraça - me e me expulsa,
Em seu rosto, um enorme ponto de interrogação.

Incógnita, tú vives em seu vai e vem,
Em meus olhos parece bailar;
Incógnita, tu tens mãos que não se vê,
Mas que sabem bem, como o meu peito apertar.

José Gomes
São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

QUANDO O MUNDO COUBE EM MEU QUINTAL

Quando em minha vida tudo ainda era apenas brincadeira,

A inocência do meu ser parecia que jamais teria fim;

Meu quintal, que de tão grande parecia-me o mundo, 

Era o meu palco, que mesmo sem platéia era tudo pra mim.

Qualquer brincadeira valia a pena,

Brincando muitas vezes sozinho;

Eu era eu mesmo e ao mesmo tempo, era eu o meu vizinho.

Madeira virava cavalo,

Toda lata virava brinquedo;

Queria ser um herói,

Mas de qualquer sombra já tinha medo.

Hoje resta apenas muitas saudades,

Saudades da inocência, da simplicidade de ver as roupas brancas da minha mãe, tremulando no varal;

Saudades dos tempos de criança,

Onde o mundo cabia em meu quintal.

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

NÃO BASTA SER ETERNO, SERÁ PRECISO VALER A PENA

 NÃO BASTA SER ETERNO;

SERÁ PRECISO VALER A PENA".

Não basta o olhar mais carinhoso,

Vindo de quem as mãos não sabem afagar;

De nada servirão as palavras doces,

Proferidas dos lábios que não sabem beijar.

O jardineiro que se disser amante das rosas,

Mas as colhe por lhes presentear;

Dará prova errônea do seu amor,

Pois não há na vida amor verdadeiro, capaz de matar.

Na vida nada é tão certo o quanto parece ser,

A sombra que à noite te assustava;

Dão melhor prova do seu amor,

Pois ao pino do dia refresca-te, enquanto o sol tudo escaudava.

Se as frutas verdes não servem,

Não haverá uma sequer que madura, por muito perdure;

Como sempre não é todo dia,

Que tudo seja infinito enquanto dure.

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

CONDENADO

Condenado estou

Definhando-me a cada dia,

Condenado como as flores

Que vc não mais regou.

Pudera ser eu um jardineiro

Pra cuidar de ti, rosa linda,

Regar-te iria, todos os dias,

Não fosse eu dela, um prisioneiro.

Se não bebo, da vida me embriago,

Mas se durmo, sonho,

Em devaneios medonhos,

Onde apenas d'ela provo um trago.

Condenado estou

A viver no breu,

Sem a luz de ti, meu sol,

Náufrago sem sequer um luar é o que sou.

Por liberdade eu clamo

Quero poder regar nosso antigo jardim,

Desejo ainda o perfume de cada rosa,

É só deixar-me saber o teu nome, que te chamo.

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

A DOR DESTE AMOR

Dói!

Dói em mim, te ver assim;
Dói saber que tu passas os teus dias,
Que perde suas noites em apneia, esperando por mim.

Justo eu, que injustamente estou preso,
Aprisionado noutros braços,
Rumando outros traços,
Sem que sequer possa dar-te de mim um abraço.

Pudera eu oferta-te abrigo,
Quisera eu poder te ajudar;
Rasgaria o meu peito,
Dar-te-a-ria o meu coração para que tu o pudesses amar.

Dói!
Dói saber que tu vives comigo a sonhar;
Que tu te dizes feliz,
Feliz porque ninguém pode te impedir de assim me amar.

José Gomes
São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

SER POETA

Poeta pobre é motivo de chacota,
Seu trabalho quando aparece,
E por vezes o seu nome cresce,
Há quem chame de marmota.

Há poeta sendo chamado de "santo de casa",
Por lá, milagres não faz,
Dinheiro que é bom, não vê,
Se quiser ter de comer, amarga as mãos em brasa.

As vezes o poeta chora,
Não por suas faltas,
Nem pela tristeza do que ouve ou vê,
Chora por ter de deixar sua pátria inglória.

Pra ser poeta é preciso ser xerófito de raiz,
Aprender a sobreviver sem "água",
Florir sem "folhas",
Sorrir sem estar feliz.

Sou chacoteado, chicoteado,
"Santo de casa", xerófito sou,
Sou um pobre brasileiro,
Sou poeta, sou feliz e sou amado.

José Gomes
São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

PRIMAVERA

Em meu disfarce, revestido de sol, fui surgindo em sua vida, até que, eis-me aqui!

Com o meu calor, propiciando o desaguar das nuvens,

Vim anunciando a primavera, só para te ver florir.

Encher-te-ei de verde...

Para que tu me faças feliz então;

Presenteia-me com suas belas flores,

Que eu aqueço, tanto que se faz verão.

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil

INDEPENDÊNCIA

INDEPENDÊNCIA

A luta nunca deixou de existir,
continua à cada nova geração;
Quem verdadeiramente foram os nossos heróis?
Para quem, já nascem devedores,
os jovens desta nação?
Não preciso destas respostas!
A história é bela, não precisa mudar;
Conta dos bravos aos mártires,
São mais de quinhentos anos de história pra se contar.
Depois da Independência,
ainda persistiram as lutas;
Para que o País pudesse deixar de ser uma colônia,
Até mesmo dentre as mulheres surgiram aquelas tais "brutas."
A luta permanece já há quase duzentos anos,
Sendo hoje, inúmeros os que imperam;
Dividindo um único país, em meras colônias,
o seu povo, maioria de braços cruzados, apenas esperam.
Esperam por dias melhores,
corações apertados, bolsos vazios;
Esperam ver sem luta,
esse "trem" de volta aos "trilhos."
Não creio que assim será!
Sem luta, sem glória!
De braço cruzados,
nunca faremos uma nova história!
Uma pausa nesse presente,
Onde daremos faísca ao monturo;
Voltemos um pouco ao passado, erguendo agora um viva ao 7 de setembro,
dia em que ficará marcado na história, de outrora até tempos futuro.

José Gomes
São Francisco de Itabapoana RJ/Brasil.

A MINHA AMADA TERRA, BRASIL

Em minha terra, há maravilhas, tantas quantas noutras terras há;

Mas é meu berço,

Aqui eu nasci, cresci, vivo e aprendi a admirar.

Talvez eu me engane,

Tem aqui algo mais que noutros não há;

Temos cidades maravilhosas,

e grandes sertões bons de se lavrar.

Também há aridez,

Mas não temos deserto;

Temos petróleo, ouro, prata, diamantes, pérolas...

Mas tememos pelo futuro inserto.

Temos um sol as vezes escaldante,

um luar inspirador...

Possuímos quatro fuso horários,

somos atravessados pelo trópico de Capricórnio e também pela linha imaginária do Equador.

Somos um país tropical,

Terra do samba com muito amor;

Nossa terra tem o mais belo arco-íris,

este é o meu País, onde tudo tem mais cor.

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil

O BOM DE SER CRIANÇA

Donde tirareis o belo sorriso que o mundo espera?

Donde?

Dirás-me que da simplicidade na alegria das crianças,

Que pouco sabem da vida.

Que serão os donos do futuro,

Mas que ainda não cuidam sequer do próprio presente,

Sendo ainda eles, o maior presente da vida dos seus pais.

Saibamos então, que a vida será melhor se vivida,

Pior se expeculada.

Deixa a vida acontecer naturalmente,

Apenas tome os cuidados condizentes.

Seja o melhor presente de alguém,

Enquanto ainda espera pelo futuro.

Viva a simplicidade de cada criança,

Por quanto ainda não se está maduro.

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

ESPADA X PENA

 ESPADA X PENA

Houve por milênios,

A luta entre a espada e a pena;

Bramidos de dor...

Morte serena.

Aos que declararam guerras ao bico da pena,

Não sabem do que ela é capaz;

A pena que não impunha a espada,

Também ordena uma morte voraz.

Ainda hoje há quem espera pelo dia em que a espada não seja mais assim tão pesada,

Sem sequer saber que tal peso vale nada;

Se a pena o certo rabisca,

Eleva-se a pena ao cair da espada.

Sua queda terá o exato valor do teu peso,

Porém, se vacila a pena e errado vier rabiscar;

Até mesmo o empunhador da pena,

A espada sem pena poderá transpassar.

Após tantos milênios,

Essa luta ainda se arrasta feito uma lesma;

A pena com o tempo o vento levou,

Agora rege a caneta...

Só a espada ainda é a mesma.

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

JOGOS DE AMOR

Tu lanças o teu olhar escandecido, em febre,

Ataca-me com o seu furor issessante,

Sua intenção é realmente provocar uma falta, parar o jogo...

Dando-me a sensação como a de quem sente frio após ter estado por muito, exposto ao intenso calor do fogo.

Tão logo, se retrai,

Volta ao seu campo de defesa.

Fazendo-se de rogada,

Por saber que já estou dentro do seu jogo,

Já fez de mim, sua presa.

Ataca os meus sonhos,

Destrói minhas damas,

Toma minha defesa,

Sem sequer assumir o quanto também tu me amas.

Cobra as minhas faltas,

Tu jogas sozinha e ainda queres virar a mesa,

Por saberes que no meu campo estou sem defesa.

Neste jogo de amor,

Serás tu, sempre a caçadora,

E eu jamais deixarei de ser sua presa 

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

NADA É PARA SEMPRE

 NADA É PARA SEMPRE

Nada nunca é assim tão para sempre!

As folhas ora inertes, ora se mexem,

Sucumbidas ao doce soprar do vento.

Se caídas estiverem,

Ora o vento às levam, ora são contidas pela calmaria.

As flores, por mais belas que possam nos parecer,

Jamais serão eternas...

Há algumas que abrem e se fecham mesmo antes do alvorecer.

As pesadas pedras, também são movidas,

Entalhadas, quebradas, recortadas...

Até mesmo pó, partes de muitas voltam à ser.

O grande céu límpido,

Pequeno nos parece, se coberto pelas nuvens.

E essas mesmas nuvens, são desfeitas após todas as tempestades.

Até a liberdade pode lhe ser privada, 

Por meia dúzia de grades,

Vê-la ficar de fora,

Por não saber usá-la.

Mesmo assim, nada é tão assim para sempre, enquanto após toda a perda ainda lhe sobrar a vida.

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/Brasil.

VEJO EM SEUS OLHOS

 Nos teus olhos eu vejo...

Um misto de dor,

Um pouco de saudades,

Arrependimentos...

Mágoas de amor.

Sim, você está amadurecida!

Mas possui em seu peito uma semente;

Quem sabe, sob a fertilidade de um bom solo,

Talvez possa ter despertado o seu gérmen por tanto tempo dormente.

Que assim possa a tua semente germinar,

Crescer e florir;

Só assim, os teus sonhos poderão   produzir.

Novamente, assim, darás ao mundo mais das suas sementes,

Garantirá que não se estinguam as suas esperanças;

E da sua triste dor,

Não restará sequer lembranças.

Verei em teus olhos então, 

O brilho se acender;

Sem novos arrependimentos,

Somente a felicidade e o amor em ti, hão de crescer.

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.

O CONTADOR DE HISTÓRIA

Eu pensei em ser...

Bem queria eu poder...

Mas em nada iria adiantar;

Em nada adiantaria eu ser um contador de histórias,

Se as verdadeiras histórias,

Eu não as pudesse contar.

♦

Contaria eu, fábulas...

Contos de felicidades,

Não sinceros, 

Porém tão belos,

Que o mundo invejaria;

Salivariam-se os impiedosos,

De todos os esforços,

Se possível me mataria.

♦

Sorte a minha ser parte da história,

Mesmo que cercada de incógnitas,

Contos sem glória;

Narrados em prantos,

Dias sem sol,

Lutas em prol da distante vitória.

♦

Se vencer eu prometo,

Jamais ocultar-te,

Tão esperado momento de glória;

A ti, tão somente trarei,

Sem tirar nem por,

Pois serei seu eterno contador de história.

♦

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ

DESATINO

Há dor!

Dor que dói no peito,

Turva os olhos ao ver quem tem o não lhe é de direito.

Há dor em meu peito!

Tantos desacertos...

Ver culpado ser chamado de suspeito.

É dor que não tem jeito,

Mais parece carro velho...

Todos os dias no mecânico,

Futuca tudo, mas nunca acha o defeito.

Queima feito fogo,

Arde igual pimenta!

Ser tratado feito lixo,

Não há coração que aguenta!

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ!

ÀQUELES MOMENTOS

Sabe àqueles momentos em que a chuva me faz sentir a tua falta?

Faz-me contornar as curvas dos delírios,

Um momento em que um cisco que voa levado pelo vento e vem exatamente cair sob os meus cílios...

 

Momento em que eu daria tudo por não me expor,

Não deixar que o mundo conhecesse a minha fragilidade, minha dor,

Ah, como eu queria não ter coração neste momento!

Só pra não ser mais um refém desta cruel maldade sem pudor.

♦

Maldade que destrata, humilha, e esmaga os sentimentos...

Ah, como eu queria ser um pássaro livre!

Só pra voar bem alto, 

E de lá cantar a mais bela melodia,

Esquecer aquela silhueta que vive acima do salto.

♦

A cantiga de amor que não cobra e nem paga,

Que não me afasta e nem te traga,

Apenas cantar ao mundo inteiro,

Um canto só pra agradecer o estar vivo nesta estrada,

Agradecer o privilégio de concluir esta longa caminhada.

♦

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ!

MEUS OLHOS VÊEM O MUNDO

Eu nasci para ver o mundo com os olhos que nem todo "mundo" o vê,

Meus olhos vêem o mundo...

O mundo debaixo dos olhos de muitos que se fingem de cegos,

Só pra não admitir que vêem o mesmo mundo que os meus olhos são capazes de ver.

Eu vejo o mundo...

O seu mundo eu também sou capaz de enxergar,

O seu mundo, que você moveu "mundos" e fundos,

Pensando se ocultar de todo "mundo",

Debaixo deste seu "mundo"incapaz de te amparar.

Acorda pra vida, volta pro mundo!

Mundo em que tu não queres admitir que te toca profundo.

Tu sabes que eu vejo, que existe, que tu te encobres,

Debaixo deste véu-mundo,

O teu mundo dos nobres.

O vejo os mundos...

Como eles realmente são,

Ambos existem, só nem todos os vêem,

Meus olhos vêem também o mundo dos nobres,

Que por sua vez, não sabem que existe e nunca vêem o mundo dos pobres.

♦

José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.